Após revelar a perda de 200 mil assinantes apenas no primeiro semestre deste ano, a Netflix estuda a opção de um plano mais barato com a inclusão de propagandas no meio da reprodução dos filmes e séries. À revista The Hollywood Reporter nesta quarta-feira (20), o CEO da plataforma de streaming, Reed Hastings, disse que os detalhes serão desenvolvidos nos próximos dois anos.
Segundo o executivo, nos próximos dois anos a Netflix deve desenvolver os detalhes de um plano mais barato para seus assinantes, com a inclusão de propagandas no meio das séries e filmes.
“Vocês sabem que eu sempre fui contra a complexidade da publicidade, e a favor da simplicidade do modelod e assinaturas. Mas, mesmo que eu tenha essa preferência, sou ainda mais a favor do poder de escolha do consumidor. Permitir que eles tenham acesso ao conteúdo que querem de forma mais barata, se não se importarem com as propagandas, faz sentido para mim“, comentou Hastings.
Como o CEO apontou, o modelo de incluir um plano mais barato através da veiculação de propagandas já é utilizado por concorrentes como Hulu e HBO Max no mercado norte-americano. O Disney+ também está desenvolvendo uma opção semelhante.
Reajuste
Também em março deste ano, a plataforma anunciou que passará a cobrar uma taxa para usuários que utilizem seus serviços nesses termos. Em nota, a empresa afirmou seu compromisso em facilitar o compartilhamento da plataforma, inclusive, por meio da criação de diferentes usuários.
No entanto, táticas para burlar novas assinaturas estariam inviabilizando a capacidade da empresa de investir em novas produções.
Para sanar o problema, um teste começará a ser feito em países como Chile, Costa Rica e Peru a partir de uma cobrança adicional de 30% do valor da mensalidade. Por aqui, no Brasil, se a mesma regra for preservada, a taxa deve se fixar em torno de aproximadamente R$ 7.
Por enquanto, ainda não houve notificação aos espectadores brasileiros.
