O Sindicato dos Atores de Hollywood pode barrar futuras filiações de influenciadores que divulgarem filmes e séries do país durante a greve.
De acordo com as determinações atualizadas, qualquer influenciador digital que trabalhar na divulgação de produções para TV e cinema durante a greve terá sua sindicalização pelo SAG-AFTRA barrada. Ou seja, mesmo que o influencer não seja membro do sindicato nesse momento, ele não poderá se filiar no futuro, caso promova qualquer obra para as telonas ou streaming neste momento.
“Qualquer não-membro que pretenda uma futura adesão ao SAG-AFTRA, mas realize trabalho ou serviços cobertos para uma empresa atingida pela greve, não será admitido como membro do SAG-AFTRA. […] Os influenciadores devem abster-se de postar nas mídias sociais sobre qualquer obra publicada, independentemente de estarem postando organicamente ou de forma paga.”
Além disso, participar de eventos como representante de grandes estúdios, plataformas e emissoras também está proibido.
“Você não pode participar de convenções como a Comic-Con em nome de, ou para promover, empresas contra as quais estamos em greve – isso inclui aparições, painéis, encontros com fãs, etc., envolvendo trabalhos paralisados. É permitido participar de convenções de maneiras totalmente independentes de personagens relacionados a trabalhos paralisados ou de patrocínios de empresas atingidas pela greve.”
Durante a greve, os atores sindicalizados de Hollywood não podem aparecer em eventos e nem promover suas obras, como em entrevistas, podcasts, programas de TV e eventos de estreia. O principal ponto de protesto é a disputa sobre o pagamento dos “residuals”, ou “valores residuais” — ou seja, há a exigência de condições de pagamento mais justas aos artistas, especialmente na era do streaming. Outra questão é o uso de Inteligência Artificial em filmes e séries.
No caso das estrelas, caso a greve seja desrespeitada, “as penalidades para tais violações podem incluir censura, repreensão, multa, suspensão e/ou expulsão“.
Desde a última quinta-feira (13), os atores dos EUA iniciaram uma paralisação por mais direitos e revisão de repasses de conteúdos em streaming. Atores e atrizes de outras nacionalidades também decidiram parar em apoio aos hollywoodianos, como foi o caso da atriz Bruna Marquezine.